
Givenchy é mais do que um estilista, é uma lenda. Seu nome está atrelado à sofisticação e ao requinte, ao corte perfeito, ao equilíbrio, acima de tudo. A extrema elegância sempre foi a principal marca das criações clássicas de Hubert de Givenchy, um francês reconhecido mundialmente por seu trabalho coerente e requintado.
A história
O estilista Hubert-James Marcel-Taffin Givenchy nasceu no dia 21 de fevereiro de 1927 na cidade francesa de Bauvais. Filho do marquês Lucien Taffin de Givenchy e de Béatrice de Givenchy, seu avô dirigia uma oficina de tapetes na cidade. Muito cedo ele já demonstrava seu interesse pela moda. Aos dez anos, ao visitar uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou imediatamente com o universo luxuoso da alta-costura, contrariando o sonho de seus pais, que queriam vê-lo advogado. Não houve tempo para o Direito. Aos 17 anos ele foi direto para a Escola de Belas Artes de Paris e trabalhou com grandes nomes da moda - foi assistente de Jacques Fath, Robert Piguet (em 1946), Lucien Lelong, ao lado de Pierre Balmain e Christian Dior, e, mais tarde, em 1949, braço direito de Elsa Schiaparelli.
Abriu sua própria maison em fevereiro de 1952, localizada no número 8 da rue Alfred de Vigny, na Monceau Plain, a oeste de Paris, e o reconhecimento foi quase imediato, fazendo soprar um vento de renovação, adaptado às novas exigências das elegantes em viagem, após anos de um monopólio quase absoluto de Dior e seu New Look. Muitas das criações de Givenchy eram feitas com tecido de camisaria. Em sua primeira coleção apresentou a blusa Bettina, uma homenagem à modelo Bettina Graziani, nome da sua principal modelo e também relações públicas da marca, e que foi uma de suas criações de maior sucesso. A blusa tinha a gola larga e aberta, e mangas que terminavam em babados de bordado inglês. Com este sucesso, a fama de Givenchy se consolidou. No ano seguinte abriu lojas em Buenos Aires, Roma e Zurique. Suas criações eram luxuosas e com estilo, com nítida influência do estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, e Givenchy jamais negou que o trabalho de Balenciaga o inspirava. Balenciaga e Givenchy se conheceram em 1953 e foram amigos até a morte do estilista espanhol, em 1972.

Apesar do sucesso e do glamour da marca, a Maison se encontrava com sérios problemas financeiros, o que culminou com sua venda, em 1988, para a Louis Vuitton. A coleção de perfumes já havia sido vendida para a Veuve Clicquot em 1981, que depois seria comprada pela LV e formaria o poderoso grupo LVHM, atual proprietário da GIVENCHY. O estilista francês se despediu das passarelas em 11 de julho de 1995 com um desfile para poucos, sob os aplausos de toda sua equipe e dos mais importantes estilistas do mundo sentados na primeira fila. Foram convidados apenas amigos pessoais, estilistas e principais clientes. A aposentadoria de Monsieur Hubert abriu caminho para uma total reformulação da GIVENCHY, com a contratação de John Galliano, depois Alexander McQueen e, por último, Julien MacDonald - três jovens, britânicos, teatrais e nada convencionais. Galliano teve uma passagem rápida em 1996 e logo foi para a Dior, cedendo espaço para o recém-descoberto talento de McQueen, eleito na mesma época o melhor estilista do ano pelo Conselho Britânico de Moda, tornando-se o “queridinho” da mídia especializada. Em março de 2001, MacDonald fez sua elogiada estréia, com uma coleção que fundiu harmoniosamente a jovialidade e a extravagância de seus dois predecessores com a feminilidade e a sofisticação de Hubert de Givenchy.
Em março de 2008 a marca inaugurou sua nova loja-conceito na Faubourg Saint-Honoré, ou seja, na rua mais chique de Paris, apresenta o novo espírito da marca que equilibra espaço e privacidade. Os especialistas acreditam que a nova loja pode render cerca de 6 milhões de euros durante o primeiro ano. Tudo em um momento que a GIVENCHY está comemorando o retorno à lucratividade e o aumento das vendas.
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